A Igreja está viciada em adrenalina. A dependência e o estímulo do ‘sentir’ tem sido uma marca registrada da corrupção dos cultos cristãos. A Obra libertadora da salvação vem sendo reeditada pelos profetas pós-modernos. Como o sacrifício na cruz do calvário não tem sido mais suficiente para grande parte dos cristãos, cresce a dependência de um ‘novo’ agir de Deus, nem que para isso a teologia do terreiro ganhe status de revelação divina - com todos os demônios nominalmente identificados (sendo que o próprio pai da mentira os revelou no tempo da escravidão [mas que os falsos mestres e os mestres enganados estão trazendo como verdade aprendida com satanás]) -, aí, sim, dando o suporte que os filhos de Deus sentiam que precisavam para serem 'libertos' ou 'relibertos' de supostas ou impostas maldições hereditárias.
Depois de se ganhar esta ‘batalha espiritual’, está aberto então o caminho para se chegar a tão almejada ‘vitória financeira’. Basta que para isso se façam módicos investimentos, antigamente chamados de indulgências, a fim de se garantir o seu pedaço do céu, ainda na terra.
Muitos destes enganados ou enganadores defendem uma livre interpretação da Bíblia como a grande conquista e herança do protestantismo. Kardec também abraçou sua livre interpretação. A dona E. G. White também. O que dizer da Torre de Vigília? E todos eles foram frutos de ambientes protestantes. Até que ponto é liberdade ou libertinagem? Onde está o limite? Pois a Palavra de Deus não foi revelada aos homens para que cada um tivesse a sua própria interpretação particular (1Tm4.6,7), mesmo porque a Palavra-é-de-Deus e não fruto da vontade humana (2Pe1.19-21). Portanto, se qualquer interpretação for incoerente com a própria Palavra, então, alguém está errado; ou o pseudo-intérprete ou a própria Palavra.
Graças a Deus pelos que permanecem com a Palavra, porque ela continua sendo fiel e digna de toda a aceitação (1Tm4.9). E o poder de Deus permanece suficiente para que possamos discernir espiritualmente a Sua ação transformadora em nossas vidas, sem que tenhamos que nos submeter a escravidão dos sentimentos humanos.
Portanto, se a Bíblia diz que existe uma “boa doutrina” é porque existe também a má doutrina, aquela que se parece muito com a boa, que é encoberta, mas que aponta para o caminho da ganância, da avareza e da perdição (2Pe2.1-3). “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1Tm4.1-2).
Vivemos o tempo em que a forte tendência do igrejismo é fazer as pessoas pensarem que são cristãs, quando não são. Pois não houve uma experiência pessoal transformadora e que apontasse ao homem o caminho de uma vida de santidade ao Senhor, onde o pecado não mais terá domínio, pois a semelhança de Cristo passa a ser sua prioridade e seu grande alvo. Ao invés disso, se busca uma vida que está longe de ser aquela que o Cristo chama de abundante, verdadeira, sarada e sem as sandices impostas pelo capital. Quem tem ouvidos ouça!